Em países propensos a incêndios florestais, como os do Sul da Europa com sua influência mediterrânea, é necessário incluir o risco de perturbação na planificação dos gestores das áreas florestais.
Estratégias de prevenção
Para reduzir o risco de incêndios florestais, há três medidas preventivas gerais que são consideradas tradicionalmente: (1) seleção de espécies adequadas ao nível da árvore; (2) diminuição da vegetação do estrato arbustivo ao nível do povoamento; e (3) compartimentação do espaço e ordenamento adequado do território ao nível da paisagem. Ao gerenciar o fogo no nível do povoamento, é importante levar em conta vários fatores, como a continuidade vertical dos materiais combustíveis (do estrato arbustivo para o estrato arbóreo), bem como a altura e densidade das copas. Além disso, o combustível do sub-bosque desempenha um papel crítico no risco de incêndio e deve ser mantido em níveis baixos. Existem várias formas de gerenciar o sub-bosque em povoamentos existentes, incluindo queimadas controladas, corte mecânico ou manual, uso de produtos químicos e pastore
De acordo com a revisão de Fonseca et al. (2020), as operações de manejo florestal geralmente utilizam equipamentos moto manuais, como roçadoras e serras manuais, para realizar a limpeza da vegetação, desgalhamento e desbaste em florestas. Em plantações de eucalipto, é comum o uso de grades de discos ou outras intervenções mecânicas entre as fileiras de árvores, às vezes combinado com o uso de herbicidas. As operações mecanizadas também são frequentes em sistemas florestais com sobreiros (montados) e pinheiros-mansos, embora os pastoreios e lavra também sejam comuns em plantações de sobreiros.
O fogo controlado é usado em áreas florestais e baldias, principalmente para controlar matagais. Esta técnica apresenta algumas vantagens importantes, pois permite reduzir eficientemente a biomassa combustível, com custos substancialmente menores do que aqueles associados à limpeza manual ou mecânica. Apesar de ser socialmente visto com certa relutância, o uso da energia eólica exige implementação altamente especializada e exigente. Além disso, o prazo sazonal para sua utilização já é muito limitado atualmente e tende a se tornar ainda mais breve no futuro, devido ao progresso das mudanças climáticas.
A criação de gado versus o avanço tecnológico
A prática ancestral da pastorícia nas áreas florestais, também conhecida como silvo pastorícia, tem sido essencial para reduzir a carga de combustível nos bosques ao longo do tempo. Além disso, essa prática oferece uma série de benefícios, como serviços de ecossistema reguladores, que incluem a conservação da biodiversidade em várias escalas, melhorias na fertilidade do solo e dispersão de sementes. Também é uma fonte importante de produtos como carne, leite e lã.
Nas últimas décadas, vimos um desenvolvimento socioeconômico significativo que resultou no abandono de atividades rurais tradicionais e no esvaziamento das áreas rurais. Em algumas regiões, a pressão agropastoril sobre as florestas foi reduzida ou completamente eliminada, o que causou um aumento do risco de incêndios nessas áreas.
Durante a última década, foi cada vez mais percebida uma diminuição na pressão de pastagem nas áreas florestais, especialmente em regiões montanhosas. Alguns especialistas têm sugerido aumentar a carga animal em níveis locais, como medida preventiva contra incêndios florestais.
O pastoreio é uma técnica de gestão de combustível amplamente recomendada na região do Mediterrâneo da França desde o final dos anos 80. É importante lembrar que a técnica de pulverização de água deve ser usada como complemento às intervenções iniciais de combate a incêndios e/ou corte.
Táticas ecológicas de controle de vegetação
O controle da vegetação do sub-bosque pode ser alcançado através de métodos ecológicos, incluindo a silvicultura como estratégia de longo prazo. Essa abordagem promove o desenvolvimento do povoamento em níveis cada vez mais densos de cobertura arbórea, proporcionando um ambiente mais saudável e equilibrado.
A presença de um dossel arbóreo pode regular o crescimento da vegetação no sub-bosque através da interceptação de luz e também pelas condições químicas e físicas do solo em áreas mais sombreadas.
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