No entanto, só se tornou amplamente conhecido a partir de 1987 com a publicação do relatório “Nosso Futuro Comum” pela WCED (Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento).
Durante essa ocasião, a WCED (conhecida também como Comissão Brundtland) reconheceu a importância de uma abordagem mais abrangente para promover a sustentabilidade.
O Desenvolvimento Sustentável é um processo de mudança que busca conciliar a exploração dos recursos, os investimentos e os avanços tecnológicos e institucionais com as necessidades e aspirações das gerações atuais e futuras. É um equilíbrio delicado entre o progresso humano e a preservação do meio ambiente para garantir um futuro adequado para todos.
O relatório Nosso Futuro Comum destacou três tópicos essenciais: a globalização dos problemas ambientais, a relação entre degradação ambiental e pobreza e a necessidade de uma cooperação internacional para promover o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental. Além disso, foi enfatizada a importância da assistência internacional para a conservação e o desenvolvimento nos países do Terceiro Mundo.
A eficácia da incorporação do ambientalismo em uma organização pode ser medida pelo impacto das mudanças em sua estrutura e estratégias empresariais.
A mudança ambiental é mais do que apenas uma questão de estrutura física. Também exige uma transformação dos paradigmas que guiarão as estratégias futuras. A cultura organizacional será crucial para determinar os fundamentos, a extensão e a durabilidade desses novos paradigmas.
A cultura organizacional de uma empresa ou setor pode ser avaliada através da sua visão de longo prazo, que reflete os valores compartilhados pelo grupo. No caso do setor florestal brasileiro, um modelo teórico mostrou que a adoção dos padrões de certificação florestal foi impulsionada pela “Visão de Sustentabilidade”, levando a melhorias no desempenho do setor.
O setor florestal brasileiro é composto por diversos membros com ideologias, valores e modelos variados, que podem até mesmo entrar em conflito. A visão de sustentabilidade para esse setor ainda não é unânime. No entanto, existe uma tentativa de convergência social a partir do conceito de “manejo adequado”, presente nos princípios e critérios do FSC (Forest Stewardship Council).
A sustentabilidade é um tema cada vez mais presente e diversas visões sobre o assunto são igualmente válidas e necessárias para a adaptação e sobrevivência do setor em longo prazo.
Para que os modelos alternativos sejam respeitados e negociados com sucesso, é essencial buscar o consenso e alinhamento dos diversos atores sociais em uma visão organizacional única. Isso permitirá que as diferentes partes interessadas alcancem resultados construtivos juntas.
A eficácia do Manejo florestal
Na indústria florestal, os termos “sustentar” e “sustentabilidade” são amplamente utilizados em diferentes contextos, como “vida sustentável”, “desenvolvimento ambientalmente sustentável” e “manejo sustentável”. Eles vão muito além do uso clássico na silvicultura, onde a produção sustentável se refere apenas aos níveis de produção de bens e serviços a partir da floresta.
A silvicultura tem se preocupado com o manejo florestal sustentável desde o século XVIII, na Europa. O princípio da sustentabilidade estabelecia que a colheita de madeira não deveria exceder o crescimento ou incremento da floresta. Para garantir a produção sustentada, todas as áreas desmatadas devem ser novamente plantadas em um tempo adequado, para que as árvores jovens possam se desenvolver corretamente e o solo mantenha sua capacidade produtiva. Esse era o fundamento do manejo de uma floresta ou plantação, considerando cada unidade como uma entidade individual. No manejo florestal clássico, o foco era na produção sustentável e em colher uma quantidade determinada de madeira. Isso se baseava em um sistema no qual a floresta era dividida em classes de idade que eram colhidas e regeneradas em ciclos ou rotações. Com uma distribuição normal de classes de idade, esse processo poderia gerar uma colheita anual constante a partir de um estoque de crescimento igualmente mantido. Embora esse conceito fosse popular durante grande parte do século XX, ele se baseava exclusivamente na produção sem levar em conta outras questões importantes.