Impacto dos fatores ergonômicos na colheita florestal.

O setor florestal está se tornando cada vez mais tecnológico e eficiente para aumentar a produtividade e competitividade global, além de seguir um modelo de sustentabilidade ambiental, social e econômica.

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Visão de dentro de um harvester Komatsu
Visão do operador florestal dentro da máquina komatsu

A colheita de madeira é uma etapa crucial na cadeia produtiva florestal com grande potencial tecnológico. Nas últimas décadas, tem havido um aumento significativo e irreversível na mecanização desse processo. Esse processo trouxe melhorias diretas para as condições de trabalho, incluindo a redução da carga física exigida dos trabalhadores. Isso resultou em uma melhoria significativa no ambiente de trabalho e na qualidade de vida dos colaboradores.

Geralmente, o contexto é um fator importante a ser considerado ao se avaliar uma situação ou problema. Ele pode fornecer informações significativas que afetam a compreensão e a resolução do assunto em questão. O setor florestal é extremamente diversificado e complexo em termos de desenvolvimento e tecnologia. Isso torna o estudo das atividades florestais um desafio, já que envolve a interação entre o homem, máquina, ambiente e organização do trabalho. Considerando isso, é essencial entender o papel do homem e os princípios envolvidos na atividade humana dentro de um sistema máquina-humano. Essa compreensão é fundamental para uma avaliação precisa da segurança, confiabilidade e produtividade dessa interação.

No setor florestal, é comum que o trabalho não contribua para a promoção e manutenção da saúde dos trabalhadores. Especialmente na colheita florestal mecanizada, os operadores são expostos a distúrbios físicos como ruídos e vibrações, além de exigir movimentos repetitivos e posturas assimétricas por longos períodos. Os altos ritmos de trabalho e as metas de produção também podem causar problemas psicológicos. Com o uso de máquinas especializadas na colheita florestal, os trabalhadores enfrentam condições inadequadas e longas jornadas de trabalho, além de uma organização pouco adequada às suas características psicofisiológicas. Isso pode afetar negativamente a saúde e o bem-estar dos trabalhadores em seu ambiente de trabalho.

Durante suas atividades, os operadores são forçados a assumir posições prejudiciais que podem afetar sua saúde e causar dor e desconforto. Eles frequentemente precisam inclinar e girar o tronco e o pescoço, o que aumenta a pressão nos discos intervertebrais. Os problemas com os discos intervertebrais podem ser muito sérios e causar dores intensas e debilitantes, levando a ausências prolongadas e até mesmo incapacidades permanentes. Trabalhar por longos períodos sem pausas pode causar sérios problemas de saúde, como o acúmulo de ácido lático e a má circulação sanguínea nos tecidos. É crucial fazer pausas regulares para permitir que o fluxo sanguíneo normalize e remova o ácido láctico dos músculos, prevenindo lesões no trabalho.

Além de ajudar a reduzir as doenças ocupacionais e acidentes, a organização do trabalho e o estabelecimento de pausas para descanso também podem aumentar a produtividade dos trabalhadores e melhorar a qualidade do serviço prestado. Ao permitir que os trabalhadores descansem e se recuperem da fadiga, eles poderão exercer suas atividades com mais eficiência, de acordo com as capacidades de seus corpos. É importante considerar que o respeito aos princípios ergonômicos é fundamental no desenvolvimento de máquinas florestais modernas e na organização do trabalho. Isso ajuda a reduzir o estresse físico e mental imposto ao operador, além de prevenir doenças ocupacionais. Além de reduzir a probabilidade de erros, a mecanização também aumenta a produtividade do sistema homem-máquina. Com isso em mente, este estudo analisou ergonomicamente as máquinas e atividades envolvidas no processo de colheita florestal mecanizada, buscando identificar e correlacionar a influência dos fatores ergonômicos na produtividade do sistema.

AVALIAÇÕES ERGONÔMICOS DA COLHEITA

Para alcançar altos níveis de produtividade na colheita florestal mecanizada, é essencial que o sistema homem-máquina funcione perfeitamente. É importante lembrar que o princípio fundamental da ergonomia é adaptar o trabalho às habilidades e necessidades humanas, não o contrário. Ao avaliar a ergonomia do sistema, são identificados os participantes do processo produtivo; as máquinas e seus aspectos ergonômicos são analisados com base em metodologias consolidadas e legislação aplicável; e as atividades realizadas pelos operadores são identificadas e avaliadas sob a perspectiva da ergonomia.

Foram realizadas avaliações quantitativas dos vários componentes das máquinas, de acordo com as diretrizes ergonômicas estabelecidas no manual “Diretrizes ergonômicas para máquinas florestais”. Os seguintes recursos foram avaliados: acesso à cabine, controles e instrumentos, assento, design da cabine, sistema de climatização, visibilidade, iluminação, níveis de ruído e vibração, emissões de gases de escape e presença de poeira.

IMPACTO ERGONÔMICO DAS MÁQUINAS

Durante a avaliação do acesso à cabine, foram considerados fatores como a presença de escadas e sua altura em relação ao solo, possíveis cantos perigosos, o estado dos degraus e a facilidade de acesso. A disposição e descrição dos instrumentos e controles na cabine também foram analisadas com base em um checklist detalhado. Durante a análise dos assentos da máquina, foram consideradas as opções e facilidades de ajuste nos três eixos: vertical (Y), horizontal (X) e do encosto (Z). A cabine também foi avaliada de acordo com critérios de conforto e segurança, seguindo uma lista de verificação. Além disso, foi feita uma verificação no sistema de ar-condicionado da cabine através de uma lista adicional.

Na operação de máquinas pesadas, a visibilidade é essencial para garantir a segurança e eficiência. Em uma entrevista, avaliamos a capacidade do operador de enxergar claramente a base, o topo e as pilhas de toras que estão sendo manuseadas pela máquina. Ao avaliar a iluminação, foram levados em consideração os seguintes aspectos: número e distribuição das luzes, qualidade da iluminação, capacidade de ajuste e facilidade para trocar as lâmpadas. Além disso, também foi analisada a visibilidade noturna das árvores e do terreno ao redor da máquina. Para garantir a segurança do operador, conferimos se há risco de contato com poeira ou gases de exaustão na cabine, verificamos a vedação da mesma e a direção dos gases utilizando um checklist.

Com base nessa avaliação, as máquinas foram classificadas em cinco categorias, de A (melhores condições ergonômicas) a E (piores condições ergonômicas), para cada item e de acordo com o perfil ergonômico. Isso nos permitirá determinar quais máquinas precisam de melhorias ergonômicas para garantir a segurança e o conforto dos usuários.

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Amante do setor florestal e da colheita florestal, ajudo as pessoas a realizarem o sonho de ingressar na área florestal. Possuo uma empresa de telecomunicações também.

2 COMENTÁRIOS

  1. […] Em resumo, a distribuição de cursos de ensino florestal está se equilibrando em todo o Brasil, com quase todos os estados agora oferecendo pelo menos um curso, reduzindo a necessidade de migração de estudantes e profissionais. Apenas Alagoas, Ceará, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte ainda não possuem cursos de engenharia florestal disponíveis. […]

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