Na engenharia florestal, por exemplo, é necessário utilizar imagens com alta resolução temporal e espacial para obter resultados precisos.
Anteriormente, a única opção para obter imagens de satélite era usar imagens de resolução média, que eram limitadas em termos de detalhamento e frequência. Alternativamente, o levantamento aerofotogramétrico também era uma opção, mas isso envolvia altos custos. Felizmente, com o avanço da tecnologia na área de geotecnologias, o uso de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) se tornou um tema importante de pesquisa.
História dos Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs)
Embora tenham sido criados para fins militares, os VANTs estão sendo cada vez mais utilizados em aplicações comerciais e científicas nas últimas décadas.
Os sistemas mencionados são ótimas ferramentas de gerenciamento operacional, contando com recursos e sensores para produzir imagens detalhadas a um custo inferior aos satélites tradicionais.
O desenvolvimento acelerado da tecnologia tem permitido o uso cada vez mais comum de VANTs para sensoriamento remoto. Esta ferramenta é especialmente útil em monitorar questões agrícolas, geológicas e ambientais. A plataforma VANT é altamente personalizável e pode ser equipada com diversos tipos de sensores. No entanto, o tipo de dado mais frequentemente utilizado são imagens digitais.
Benefícios de usar VANTs
Em comparação com operações baseadas em satélite ou levantamentos aéreos tripulados, as missões de voo de VANT oferecem maior flexibilidade operacional em questões de custo, localização, plataformas, tempo e repetibilidade.
Além de serem mais econômicos para mapear áreas, os VANTs também oferecem uma grande flexibilidade no agendamento de missões de voo. Devido às baixas altitudes utilizadas, as imagens capturadas raramente são afetadas por coberturas de nuvens.
Essas ferramentas são ideais para monitorar objetos ecológicos de interesse, além de auxiliar no gerenciamento e conservação de recursos naturais em uma ampla gama de biomas, desde sistemas temperados até os trópicos. Devido a esses benefícios, os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) são considerados altamente complementares às plataformas tradicionais de sensoriamento remoto. Eles têm o potencial de substituir algumas medições normalmente feitas por satélites, aeronaves tripuladas ou levantamento de campo. Um VANT é composto por uma aeronave, uma estação de pilotagem remota, enlaces de comando e controle, sensores embarcados e outros componentes necessários para adquirir dados espectrais.
O que são VANTs?
Os VANTs, também conhecidos como “Veículos Aéreos Não Tripulados” ou “drones”, são frequentemente mencionados por diferentes nomenclaturas e acrônimos. No idioma inglês, por exemplo, é comum encontrar referências a siglas como RPA (Remotely Piloted Aircraft), RPAS (Remotely Piloted Aerial Systems), UAVs (Unmanned Aerial Vehicles) ou UAS (Unmanned Aircraft Systems). Além disso, o termo “drone” é amplamente utilizado para se referir a esse tipo de veículo.
VANT é a sigla para Veículo Aéreo Não Tripulado, que em português é equivalente ao termo UAV – Unmanned Aerial Vehicle ou Unmanned Airbone Vehicle – utilizado pelo DoD (Departamento de Defesa Norte Americano) e popularizado no início dos anos 1990. Esta terminologia foi adotada para substituir o termo Remotely Piloted Vehicle (RPV), usado durante e após a guerra do Vietnã.
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC, 2020), um VANT é uma aeronave sem piloto que possui capacidade de carga e não é utilizada apenas para fins recreativos. Essas aeronaves incluem aviões, helicópteros e dirigíveis controlados nos três eixos, mas não incluem balões tradicionais ou aeromodelos.
O termo “drone” é amplamente utilizado para descrever qualquer tipo de veículo aéreo não tripulado, desde pequenos modelos controlados por rádio até dispositivos militares autônomos. Devido a essa ampla definição, a ANAC não utiliza esse termo em suas regulamentações técnicas.
Os aeromodelos são usados para fins recreativos, enquanto os VANTs são usados para fins não recreativos. O termo RPA (Aeronave Remotamente Pilotada) refere-se a um subconjunto de VANTs que podem ser operados remotamente, com o piloto controlando a aeronave através de uma interface em vez de estar a bordo.
O termo Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (RPAS) é usado para descrever o conjunto de componentes envolvidos em um RPA, incluindo a estação de pilotagem remota (RPS), os links de comando e controle necessários e quaisquer outros elementos que possam ser necessários durante a operação.
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