Em 2020, o valor da produção florestal atingiu R$ 23,6 bilhões, um aumento significativo em relação ao ano anterior. Atualmente, existem cerca de 9,6 milhões de hectares de florestas plantadas no Brasil, sendo que 77% são destinados ao cultivo de eucalipto. Isso mostra a importância desse setor para o país.
A participação do setor florestal no mercado brasileiro está aumentando visivelmente, devido à alta demanda global por produtos certificados. Por esses e outros motivos, há uma constante implementação de programas de desenvolvimento florestal em todo o país.
As empresas do setor florestal estão crescendo e se modernizando, abraçando novas tecnologias e compreendendo a importância da inovação para aumentar sua competitividade no mercado. Isso permite que elas se destaquem de forma única e atendam às demandas dos clientes de maneira mais eficaz.
Com o objetivo de melhorar a qualidade e eficiência do desenvolvimento de produtos alinhados com a bioeconomia, as empresas buscam adquirir novas tecnologias que tragam benefícios para toda a cadeia produtiva florestal.
A mecanização do setor de cultivo de florestas traz mudanças significativas na forma como o plantio é realizado. Entretanto, também é importante considerar mudanças ergonômicas para garantir a segurança e bem-estar dos trabalhadores, já que estudos mostram os possíveis danos causados pela prática manual.
A prática de esforços físicos acima da capacidade cardiovascular e a postura inadequada podem causar problemas de saúde, incluindo lesões nas articulações. É importante estar atento ao longo do processo e adotar medidas preventivas para garantir uma boa saúde.
Embora haja uma necessidade crescente de substituir o trabalho manual por máquinas no setor florestal, 84% das empresas brasileiras ainda realizam atividades como o plantio manual. Isso mostra que apenas 16% delas adotaram a mecanização ou processos semimecanizados.
A tecnologia pode ser a resposta para enfrentar os desafios enfrentados pelo plantio manual. Uma solução atual é a plantadora tripla automatizada, que foi desenvolvida para o plantio mecanizado de mudas florestais. Com essa tecnologia, os processos de plantação se tornam mais eficientes e produtivos.
Nossa tecnologia foi projetada para simplificar e baratear o processo de produção, com recursos como monitoramento do status do trabalho e georreferenciamento das mudas e linhas de plantio para gravar informações importantes sobre o plantio. Dessa forma, buscamos reduzir a necessidade de trabalho manual.
Com o objetivo de aumentar a produtividade e reduzir os custos, a tecnologia pode ser uma nova etapa para o plantio florestal. Neste estudo, avaliamos o desempenho de uma plantadora tripla automatizada em uma área de plantio florestal, analisando a qualidade das mudas, sua fixação no solo, a qualidade do plantio e a precisão dos espaçamentos. Ao analisar a qualidade das mudas, é possível observar que o principal problema encontrado foi a tortuosidade, causada pela própria forma das mudas. Além disso, notamos que o plantio realizado com a plantadora tripla automatizada resultou em uma maior taxa de mudas com o caule enterrado, seguido por mudas descentralizadas. A precisão nos espaçamentos comprova a eficiência do sistema georreferenciado e sua aplicação na cadeia florestal. Comparando com dados da literatura, percebemos que a taxa de fixação das mudas com a plantadora tripla automatizada está dentro dos valores esperados ou até mesmo menores. É importante ressaltar que a qualidade das mudas também influencia no plantio mecanizado, sendo um fator determinante para uma porcentagem maior de mudas que não se fixam ao solo.